
Formas de plantio: entenda o que é e como funciona
O sistema de plantio a ser adotado na implantação de uma lavoura é um dos mais importantes aspectos da estratégia de produção agrícola. No Brasil, várias formas de plantio são praticadas e cada uma delas é mais apropriada para determinadas situações.
Por isso, é essencial conhecer as necessidades e características de cada tipo de cultura, bem como o seu calendário agrícola. Assim, é possível entender o sistema mais apropriado, tudo conforme as condições da propriedade e as demandas de cada produto.
Mas, afinal, o que é preciso saber para escolher a maneira mais adequada de cultivar sua produção? Continue a leitura e descubra agora como escolher o sistema de plantio ideal!
O que é um sistema de plantio?
Entre as principais fases do processo produtivo de uma lavoura, estão o preparo do solo e a semeadura. Nessas fases iniciais, em que a terra não foi semeada, preparar o caminho para que ela se desenvolva em toda a sua plenitude é essencial.
Ao longo do tempo, foram desenvolvidas algumas formas de plantio diferentes, sempre com o objetivo de promover o melhor desempenho das lavouras, considerando também as fases subsequentes — da cultura até a colheita.
O modo como o preparo do solo e a semeadura são realizados pode ser chamado de “sistema de plantio” em que o produtor vai trabalhar em sua cultura. Entretanto, existem modelos diferentes adotados pelos agricultores, principalmente em razão das vantagens que cada um oferece.
Embora cada sistema possa ser mais adequado a determinadas culturas, de modo geral não existe uma especificidade entre um dado sistema de plantio e uma lavoura específica.
O conhecimento das várias formas de plantio adotadas no Brasil e das variáveis que caracterizam cada uma delas é indispensável para que o produtor escolha a melhor opção para a sua lavoura.
Qual a importância da escolha de um bom sistema?
Algumas culturas são particularmente sensíveis à forma como são implantadas, isto é, sua resposta varia com o sistema de plantio adotado. Conhecer as particularidades da cultura e como ela responde a cada técnica de preparo de solo e de semeadura é indispensável para garantir os resultados esperados.
De todo modo, a opção feita pelo produtor deverá atender às principais variáveis de cultivo para a lavoura que conduzirá. Os principais aspectos a serem considerados incluem:
- necessidade de solo solto e bem aerado;
- profundidade das sementes;
- preferência por biomassa superficial (palhada no solo);
- taxa de semeadura;
- níveis de umidade do terreno;
- adoção da rotação de culturas.
É importante considerar ainda que, independentemente da escolha realizada, existem tratos culturais posteriores ao plantio (manejo da palhada, adubação de cobertura, correção pós-plantio) que poderão ou não ser necessários. As demandas dependerão do sistema escolhido, assim como da cultura implantada.
Quais os 6 principais sistemas de plantio?
Devido às variações no preparo do solo e da semeadura (além das operações seguintes), existem algumas diferentes formas de plantio. Conheça agora os 6 principais sistemas empregados no Brasil!
1. Plantio convencional
O sistema de plantio convencional consiste nas práticas tradicionais para preparação do solo e semeadura no leito preparado. Assim, consta de aração (para o tombamento), gradagem (uma ou duas, para o destorroamento) e semeadura propriamente.
O plantio convencional, como nos demais sistemas, pode levar em conta a operação de calagem imediatamente anterior ao preparo do solo, assim como a adubação antes e depois do plantio. Do mesmo modo, operações de cultivo podem ser necessárias uma ou mais vezes.
2. Plantio direto
O plantio direto, muito utilizado no Brasil, dispensa as operações de revolvimento do solo (aração e gradagem), mas leva em conta a rotação de culturas. A palhada do cultivo anterior é mantida e máquinas especiais promovem o corte da palhada e a deposição das sementes ao longo do sulco, assim como o fertilizante.
Com isso, garante-se uma cobertura vegetal sobre o solo, com vantagens: mantém o solo em temperaturas amenas, mais úmido e “abafa” boa parte da vegetação espontânea (ervas daninhas) que se desenvolveria nas entrelinhas da lavoura. Além disso, a matéria orgânica incorpora nutrientes ao solo ao se decompor.
3. Cultivo mínimo
Esse é um sistema intermediário entre a forma convencional e o plantio direto. Essencialmente, consiste na redução dos processos de preparo do solo com vistas ao menor revolvimento e a evitar a compactação resultante da passagem de máquinas agrícolas.
Em algumas culturas, principalmente naquelas que permanecem vários anos no mesmo local, como a cana-de-açúcar, pode ser indispensável a utilização periódica do subsolador. Do mesmo modo, no plantio direto, o escarificador é utilizado depois de alguns anos de cultivo.
4. Plantio aéreo
Utilizado na formação de pastagens, esse sistema é realizado de modo aéreo, por meio de um avião, e apresenta elevado rendimento operacional. Requer, no entanto, o uso de sementes de alta pureza física e genética, de espécies vegetais com histórico de bons resultados para plantios superficiais.
Associado à sobressemeadura (lançamento das sementes sobre os restos culturais anteriores), consegue-se um aproveitamento maior com redução no consumo de sementes. A produção de forragem (trevo, azevém) para o gado, por exemplo, apresenta boa produtividade com esse sistema.
5. Plantio a lanço
Esse método é empregue com muita frequência para a formação de pastagens. Na verdade, é uma das formas de plantio mais praticadas pelos pecuaristas brasileiros para esse fim.
Normalmente o plantio a lanço se faz com a utilização de uma espalhadeira de calcário ou de fertilizante. Logo, as duas operações são realizadas ao mesmo tempo, proporcionando uma redução significativa de custos operacionais.
6. Plantio em linha
O sistema de plantio em linha é o que permite a melhor regulagem da taxa de semeadura. Usando as variáveis de quantidade de sementes por metro linear e de espaçamento entre as linhas, obtém-se a performance mais precisa.
As sementes são colocadas em uma determinada profundidade, de maneira uniforme. O espaçamento entre as linhas pode ser trabalhado com linhas pareadas (linhas gêmeas), permitindo-se um plantel maior. Nesse caso, o espaçamento entre duas linhas é reduzido, enquanto se aumenta a distância entre os pares de linhas.
Como escolher o melhor sistema?
Para eleger a melhor opção, é preciso verificar primeiramente quais os sistemas que podem ser utilizados para a cultura a ser implementada. Em seguida, é preciso avaliar as circunstâncias da propriedade e considerar os recursos disponíveis, definindo o que melhor se adéqua à sua realidade.
É preciso levar em conta nessa avaliação os aspectos de importância citados (taxa de semeadura, profundidade das sementes etc.). É essencial considerar ainda as operações que devem ser realizadas com máquinas agrícolas próprias para cada atividade e optar por tecnologia e equipamentos de qualidade e bem estabelecidos no mercado.
Finalmente, dedique uma atenção especial aos conhecimentos técnicos necessários para a condução do sistema escolhido. Não se pode fazer experiência em situações tão importantes, como a implantação de uma lavoura. Por isso, antes de levar à prática, certifique-se de que as formas de plantio escolhidas apresentam um bom histórico com a cultura que você pretende implementar.
Como você viu neste artigo, a escolha do melhor sistema de plantio requer, primeiramente, que se conheça cada possibilidade conforme cada cultura. Em seguida, é preciso encontrar qual opção se apresenta mais adequada para o caso da sua lavoura, sobretudo em função das características da propriedade. Por fim, contar com os melhores serviços e soluções do mercado é a melhor escolha. A Jacto pode ajudar você com isso!
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